domingo, 1 de maio de 2011

Aviso importante!

Aviso a todos os leitores do blog que o décimo capitulo foi o último a ser publicado no mesmo. então peço-lhes que se estiverem interessados em saber outras partes da história entrem em contato com esse que lhes fala. estarei disponibilizando o e-mail daskreuzbook@hotmail.com para contato.
Muito obrigado a todos, e continuem a ler!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Capitulo 10: River

E papai...

Capitulo 9: Turn

“tum tum tum”
Alguém bateu na porta.
O rapaz que estava com a gente olhou para Amber com uma cara de raiva e foi atender.
“Quem é?”
“Aqui é o vizinho da frente, eu ouvi alguns gritos e resolvi vir ver se estava tudo bem, está tudo certo aí dentro?”
“Sim.”
“Tem certeza?”
“O senhor não precisa se preocupar com nada, está tudo bem aqui dentro.”
O vizinho foi embora...
“Por culpa da gritaria de vocês! Agora a policia deve estar chegando a qualquer hora! Seus imbecis!”
Ele se aproximou da gente e deu um soco na cabeça da Amber.
“Se você não tivesse gritado não teria nenhum vizinho vindo aqui checar as coisas! Sua idiota!”
Amb ficou tonta com a pancada.
Ele começou a desamarrar cada uma das minhas irmãs, e mandou todos esperarem longe da porta.
“nós vamos sair dessa casa, não podemos mais ficar aqui, e eu não estou nem perto de conseguir o que eu preciso.”
Quando já tinha soltado todas ele nos mandou ir para a porta, e entrarmos no carro.
No pequeno desleixo de virar de costas para Amy, ela pegou uma faca que estava em cima da mesa, e apunhalou-o na clavícula.
“AARGH, o que foi que você fez sua vadia?!”
Ele tirou a faca de seu ombro e depois tirou a camisa colocando-a sobre o ferimento para poder minimizar a hemorragia e então, com a mesma faca, começou a cortar a pele de amy, com vários cortes profundos que a fizeram sangrar muito, mas depois de pouco tempo o homem caiu no chão. Ele estava morto. A facada tinha perfurado sua artéria axilar.
Amm pegou a chave do carro que estava no bolso do bandido, e entramos naquele rapidamente, para que não fossemos surpreendidos novamente.
Amy acelerou o carro, em direção a casa de um tio nosso por parte de pai, que era médico, e que poderia nos auxiliar naquilo que estava acontecendo.
No caminho, Megan tentou várias vezes ligar para o telefone de papai, mas sempre caía na caixa postal.
O tempo dentro daquele carro parecia parar, parecia que todos os semáforos estavam fechados quando chegávamos perto, e todas as ruas pareciam mais desertas e mais cheias de bandidos.
Quando o carro parou em uma rua deserta nos assustamos com a presença de um indigente que batera em nossa janela pedindo dinheiro, tudo parecia mais sombrio naquela noite.
Um pouco mais tarde paramos em frente a uma casa grande que tinha todos os seus detalhes em uma madeira bem escura, a cor dela era de um branco alvo, com muitas paredes de vidro que deixavam a casa um tanto exposta, porém muito bela.
Bati à porta, quem atendeu foi um rapaz alto, trajado em um terno preto, ele fez uma cara estranha, como de reprovação.
“O que desejam?”
“Precisamos falar urgentemente com nosso tio”
“vou chama-lo”

“Zuum, Zuumm.”
O celular da Meg vibrou, pegamos o celular. Era uma mensagem do celular do papai, e nela tinha um video. Abrimos.
“Meg, Amy, Amb e Chase, eu amo todos vocês, me perdoem por tudo isso.” disse papai.
E então o bandido deu uma pancada com a arma nele, ele caiu no chão, e o video acabou.
Ficamos cerca de um minuto olhando para o video, depois nos olhamos, Meg não entendeu o que tinha acontecido, ela tinha ouvido o barulho da pancada mas não podia ver o que tinha acontecido.
Eu não entendia muito bem tudo aqui, e nem sabia como sair daquele sonho ruim. Tudo parecia um pesadelo, parecia que a qualquer hora eu poderia levantar da minha cama e ver que era tudo era mentira, ao menos era isso que eu queria. Mas não aconteceu.
De repente ouvimos o cantar dos pneus de um carro, ele vinha de uma esquina que estava a mais ou menos uns 100 metros de onde estávamos e rapidamente se aproximou de nós. Ele à frente da casa e do carro desceu outro rapaz, dessa vez mais baixo, apontou uma arma para nós e nos mandou entrar no carro.
“O que estão olhando seus idiotas?! Passem agora para o carro!”
Megan foi quem deu o primeiro passo, foi tateando o chão para não bater em nada. Amber seguiu seus passos, depois eu, e por ultimo foi Amy.
Quando amy estava entrando no carro ele a puxou pelos cabelos.
“O QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO QUANDO O MATOU?! SUA VADIA!”
Ela não respondeu, ficou somente olhando para ele.
“Sua puta!”
Ela continuou calada.
“ELA NÃO PODE OUVIR SEU IDIOTA!” foi a primeira vez que eu tive coragem de falar.
“ARG!” gritou ele.
Ele deu um soco na cara dela, e ela caiu no chão. Em seguida começou a chutar ela com muita força.
Am começou a tossir sangue, e não conseguia se defender do que ele estava fazendo.
Meg deu um grito.
“PARA COM ISSO!”
Em resposta ele deu um gargalhada.
“Quem você acha que é?
Quem dita as regras aqui sou eu queridinha, então trate de ficar bem calada, para não acabar como sua querida irmã.”
As meninas já tinham entrado no carro, mas eu saí novamente para ficar ao lado da Amy
Ele me jogou dentro do carro e trancou nós três lá dentro.
Ele puxou a arma e deu dois tiros nas pernas de Amy, em seguida olhou para ela e disse
“Isso é pra aprender a nunca mais fazer uma merda dessa, sua vadia!” e com isso enfiou o dedo no buraco da bala fazendo minha irmã se agonizar de dor.

Depois disso levou ela para o carro a arrastando pelo braço. Ela estava sangrando muito, e seu corpo estava todo ferido, Amy estava inconsciente.
Amy ficou sentada no carro do lado da Meg, mas ela não tinha força nem mesmo para segurar o corpo dela em pé, então ficou apoiada na irmã, e seu sangue molhou toda a blusa dela.
Ficamos na estrada durante algumas horas, eu não sabia onde ele estava nos levando, eu sei que parecia que nunca íamos chegar a lugar algum.
Ele estacionou o carro no meio de um matagal que parecia estar entre o meio do nada, e o fim do mundo. Nenhum sinal de civilização por perto, não dava nem mesmo para ver as luzes da cidade no horizonte.
Tinha apenas uma pequena cabana lá dentro dentre aquelas árvores e arbustos que não abriam nem mesmo caminho para que passássemos, foi nesse lugar que ficamos durante as horas mais longas da minha vida.
Descemos do carro, e ele nos levou para dentro desse casebre. Não tinham muitas coisas lá, apenas um colchão, um pequeno fogão portátil com uma panela em cima, e dois outros cômodos sem nada, nem mesmo janelas. Em um desses quartos ele nos prendeu.
Eu me encostei no canto escuro do quarto, dobrei os joelhos e coloquei o rosto entre os dois, e abracei minhas pernas.
Eu não tinha noção do tempo que se passava lá dentro, não tinha luz, não tinha nada, era a todo tempo um breu.
De repente ele abriu a porta, trouxe quatro cadeiras, e prendeu um de nós em cada uma. Colocou uma corda um pouco abaixo do busto da Amy para que ela pudesse ficar em pé. E depois entrou no quarto com uma televisão pequena e colocou uma câmera em cima dessa.
Quando ligou a televisão, eu podia ver duas pessoas sentadas em cadeiras, do mesmo jeito que nós, mas elas estavam com um manto preto que recobria toda a cabeça.
A imagem ficou parada por alguns momentos, como se estivesse congelada, mas pouco tempo depois um homem voltou à tela daquela pequena televisão e tirou os panos que cobriam os rostos daquelas pessoas.
Eram... Mamãe...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Capitulo 8˚: Flop

(vinte e quatro anos atrás.)
- Crianças, eu e seu pai vamos sair
- Tudo bem mãe.
- Tchau.
- Tchau.
Estávamos nós quatro sozinhos em casa. Eu, Ammy, Megan e Amber, assistíamos televisão, enquanto cobertos com um edredom bem quente para nos manter aquecidos, a noite estava muito fria, pela janela eu podia ver a neve caindo devagar.
Peguei minha mamadeira com chocolate quente, apesar do tempo que já se passou, esse é um dos poucos dias que eu posso lhes contar cada passo que eu dei, eu a tomava enquanto assistia um desenho que passava na televisão.
Ammy era a mais velha, ela estava lá para tomar conta de nós, tinha deixado seu marido em casa para poder passar um tempo com seus irmãos mais novos. Megg estava naquela fase chata que todo adolescente faz questão de passar, e Amber era dois anos mais velha que eu, era minha irmã mais próxima, eu a amava de mais.
Nós, não éramos como muitos irmãos que viviam brigando, muito pelo contrario, sempre fomos uma família muito unida.
Eu estava deitado na mesma cama que Ammy e Amber, Megg era a única que estava separada. Eu me acolhi no abraço de minha irmã mais velha, enquanto segurava a mão da minha mais querida. Eu tentava relaxar, para conseguir dormir, pois eu tinha muito medo de dormir sem minha mãe.
Na hora que se passou, todo mundo começou a cair no sono. Primeiro aquele aperto de mão forte foi se afrouxando, um pouco depois Am virou para o lado e me deixou sozinho. O céu estava nublado, os galhos faziam um som estranho enquanto arranhavam a janela e o vento soprava parecendo um fantasma que nos espreitava. Eu estava com muito medo.
As horas continuaram se passando, e eu podia ouvir o som do ponteiro do relógio que estava acima da televisão se mexendo, e tudo me dava medo, mas mesmo assim continuei assistindo aos desenhos, e com o tempo acabei pegando num sono.
“Tec-tec.”
Acordei com um barulho estranho vindo de lá de baixo. E um pouco depois eu ouvi o barulho da porta de entrada abrindo, logo em seguida alguns barulhos de passos.
Olhei para um lado, e Amber ainda estava ali, do outro lado Amm também estava, quem mais poderia ser?
Os passos estavam mais perto dessa vez, a pessoa estava subindo a escada, me enfiei debaixo do cobertor, e me prendi ao braço de Ammy.
A porta do quarto foi aberta, eu estava com medo de mais para tentar ver quem era, eu não sabia o que fazer. Cutuquei o braço da minha irmã devagar, para tentar não mostrar que eu estava ali, ela abriu os olhos, e eu disse bem baixinho:
“Ammy, alguém entrou em casa e está aqui no quarto”
Am virou o rosto devagar e...
“HAA! estão com medo?!”
“QUE DROGA MEGG! Você deu um susto na gente!”
Ela ficou rindo como se não fosse nada de mais
Depois de pouco tempo todos já tinham voltado a dormir, mas eu continuava acordado.
“Amm, eu não consigo dormir, estou com medo.”
“Está tudo bem, Chase, eu estou aqui com você, pode dormir sossegado.”
Meu apertei contra o corpo dela, mas mesmo assim não me sentia seguro. Depois de alguns minutos, ela já estava dormindo novamente.
Quando eu estava quase dormindo, ouvi o barulho de uma moto lá embaixo, e pouco depois, duas pessoas conversando. Fiquei quieto tentando entender alguma coisa, mas, nada...
Logo após a conversa eu ouvi novamente o barulho na porta lá em baixo.
De um lado Ammy, do outro Amber, e lá embaixo deitada em sua cama estava Megan, com certeza nenhum de nós estava lá embaixo como antes.
“Amm, alguém entrou em casa.”
“O que?”
E voltou a dormir.
Eu me levantei, e me escondi debaixo da cama.
Os passos estavam se aproximando cada vez mais, parecia que estava procurando alguma coisa pela casa, pois ia de um lado para o outro.
Os passos chegaram dessa vez, em frente à nossa porta, e pararam. Eu estava mudo, não sabia o que fazer, e nem sabia o que estava do outro lado da porta.
“PAC!”
Um chute quebrou a porta, e todos acordaram.
Debaixo da cama eu só conseguia ver uma bota preta, e uma calça da mesma cor que cobria o cano alto da dela.
“Vamos, do jeito que estão, todos para a sala já!”
“QUEM É VOCÊ?!”
Ele se aproximou de Megg, quem tinha dito essas palavras, olhou bem nos olhos dela e disse:
“Minha querida Megg, você vai ousar teimar? Ou vai descer sem fazer mais perguntas?”
Na mesma hora ela abaixou a cabeça e saiu andando.
Todos tinham decido, e eu não sabia o que fazer.
Lá de cima eu não conseguia ouvir quase nada, somente alguns sussurros, que não significavam nada pra mim já que não conseguia os entender.
Eu resolvi chegar mais perto.
Sai do quarto e me aproximei da escada. As luzes lá embaixo estavam desligadas, a única coisa que iluminava era uma vela que ele tinha ligado.
Eu conseguia ver a sobra das minhas irmãs sentadas em cadeiras, e mais nada.
“Onde está o Chase?”
“Ele saiu com nossos pais.” Respondeu Amm.
“Eu sei que ele não foi junto. Seus pais estão sendo muito bem vigiados”
Amm ficou muda.
Eu desci mais um pouco para poder entender o que estava acontecendo.
As três estavam amarradas às cadeiras, amordaçadas. Somente Amm estava podendo falar, para poder passar as informações necessárias.
De repente eu encontrei o olhar daquele homem.
“Aí esta você!”
Ele veio em minha direção.
Eu corri para cima de novo, e me escondi debaixo da cama novamente.
“Onde está você?! Eu não vou te machucar!”
Eu estava tremendo de medo, e minhas mãos estavam atadas, minha única segurança sempre foram meus pais, mas eles não estavam ali.
“Chase?”
“Eu só quero conversar um pouco com você.”
Ele entrou no quarto em que eu estava.
“É você aqui debaixo da cama?”
E com somente uma mão levantou a cama, que eu não conseguia levantar nem mesmo com as duas juntas.
Pegou-me pelo braço.
“Por que se escondes de mim? Tens medo?”
Eu balancei a minha cabeça em afirmação.
“Não se preocupe, eu só estou fazendo meu trabalho! Vai ficar tudo bem se você cooperar comigo”
Ele me levou até o andar de baixo, e me colocou entre as cadeiras das minhas irmãs, essas estavam dispostas uma de frente para a outra, como se estivessem fazendo um circulo de conversa.
“Por Favor, leve tudo o que quiser, mas nos deixe em paz”
“Ammy, Ammy. Eu não vim aqui roubar, o meu objetivo é outro.”
“O que quer então?!”
“Em breve você descobrirá”
E colocou a mordaça em Amm.
Megg desesperada começou a chorar, e gritar.
Ele olhou para ela e disse
“Você vai ficar me atrapalhando mesmo?”
Ela chorou ainda mais.
“Então, está tudo bem, já que é assim.”
Ele pegou uma caneta que estava em cima da mesa e disse
“Vou ter que fazer algo a respeito do seu choro.”
Puxou a sua cabeça para trás pelos cabelos, para que seu rosto ficasse de frente para o dela. E então perfurou seus dois olhos com a caneta.
O sangue começou a descer, e pingava em mim, que estava aos seus pés.
O grito dela foi ainda mais alto
Ammy começou a chorar também, e eu fiquei com muito mais medo, porque sabia que não podia fazer nada, e ele ia fazer algo com ela também.
Como já era previsto, ele olhou para Amm...
“Você também quer ganhar um presente?”
Ela continuou a chorar.
“Se a dor de sua irmã te machuca tanto que lhe faz chorar, eu faço questão de não te deixar a ouvir o choro.”
Pegou a mesma caneta, e enfiou nos ouvidos da única pessoa que eu ainda tinha esperança de me salvar naquela noite.
O sangue escorreu de seus ouvidos, e ela chorou ainda mais.
Eu me abracei à perna da Amber, olhei nos olhos dela, e vi que estavam tão perdidos quanto os meus. Ela chorava, mas estava chorando calada, sem fazer barulho, para que ele não piorasse o que já tinha feito.
Ficamos ali durante um tempo, olhando para nossas irmãs mais velhas.
Ele recebeu algumas ligações durante esse tempo, mas ele se distanciava um pouco para que não pudéssemos escutar.
Depois da ultima ligação, ele voltou para perto de nós, deu uma olhada, se dirigiu à cozinha, e voltou com uma lamina em suas mãos.
Olhou para a faca que empunhava...
Amber não suportou, e deu um grito.
“NÃO!”
“CALA-TE! Todos os vizinhos vão te escutar! Tão pequena e já me da tanto trabalho.” Respondeu ele.
“Oito aninhos não é minha queridinha?”
“Sim. Por favor, não faça nenhum outro mau a nós”
“Temo ter a necessidade de fechar a sua linda boquinha.”
Ele começou a andar pela casa, eu só podia ouvir o barulho dele mexendo nas coisas, mas não sabia bem o que era.
Ele voltou com uma linha e uma agulha.
“Pronto. Já sei o que fazer contigo.”
Prendeu a cabeça dela com uma mão, e coma a outra começou a costurar a boca da Amber.
Ele costurou de um canto ao outro da boca, para ter certeza de que ela não gritaria mais.
Minha irmãzinha voltou a chorar calada.
Ele recebeu mais algumas ligações.
Quando voltou, colocou o celular para filmar e disse:
“Dêem um oi para o papai e para a mamãe!”
Depois daquilo nós tivemos certeza de que nossos pais estavam realmente sendo bem observados.
Ele foi de novo para longe falar no telefone.
Mas ao que me parecia, as coisas não estava dando muito certo...