segunda-feira, 14 de março de 2011

Capitulo 10: River

E papai...

Capitulo 9: Turn

“tum tum tum”
Alguém bateu na porta.
O rapaz que estava com a gente olhou para Amber com uma cara de raiva e foi atender.
“Quem é?”
“Aqui é o vizinho da frente, eu ouvi alguns gritos e resolvi vir ver se estava tudo bem, está tudo certo aí dentro?”
“Sim.”
“Tem certeza?”
“O senhor não precisa se preocupar com nada, está tudo bem aqui dentro.”
O vizinho foi embora...
“Por culpa da gritaria de vocês! Agora a policia deve estar chegando a qualquer hora! Seus imbecis!”
Ele se aproximou da gente e deu um soco na cabeça da Amber.
“Se você não tivesse gritado não teria nenhum vizinho vindo aqui checar as coisas! Sua idiota!”
Amb ficou tonta com a pancada.
Ele começou a desamarrar cada uma das minhas irmãs, e mandou todos esperarem longe da porta.
“nós vamos sair dessa casa, não podemos mais ficar aqui, e eu não estou nem perto de conseguir o que eu preciso.”
Quando já tinha soltado todas ele nos mandou ir para a porta, e entrarmos no carro.
No pequeno desleixo de virar de costas para Amy, ela pegou uma faca que estava em cima da mesa, e apunhalou-o na clavícula.
“AARGH, o que foi que você fez sua vadia?!”
Ele tirou a faca de seu ombro e depois tirou a camisa colocando-a sobre o ferimento para poder minimizar a hemorragia e então, com a mesma faca, começou a cortar a pele de amy, com vários cortes profundos que a fizeram sangrar muito, mas depois de pouco tempo o homem caiu no chão. Ele estava morto. A facada tinha perfurado sua artéria axilar.
Amm pegou a chave do carro que estava no bolso do bandido, e entramos naquele rapidamente, para que não fossemos surpreendidos novamente.
Amy acelerou o carro, em direção a casa de um tio nosso por parte de pai, que era médico, e que poderia nos auxiliar naquilo que estava acontecendo.
No caminho, Megan tentou várias vezes ligar para o telefone de papai, mas sempre caía na caixa postal.
O tempo dentro daquele carro parecia parar, parecia que todos os semáforos estavam fechados quando chegávamos perto, e todas as ruas pareciam mais desertas e mais cheias de bandidos.
Quando o carro parou em uma rua deserta nos assustamos com a presença de um indigente que batera em nossa janela pedindo dinheiro, tudo parecia mais sombrio naquela noite.
Um pouco mais tarde paramos em frente a uma casa grande que tinha todos os seus detalhes em uma madeira bem escura, a cor dela era de um branco alvo, com muitas paredes de vidro que deixavam a casa um tanto exposta, porém muito bela.
Bati à porta, quem atendeu foi um rapaz alto, trajado em um terno preto, ele fez uma cara estranha, como de reprovação.
“O que desejam?”
“Precisamos falar urgentemente com nosso tio”
“vou chama-lo”

“Zuum, Zuumm.”
O celular da Meg vibrou, pegamos o celular. Era uma mensagem do celular do papai, e nela tinha um video. Abrimos.
“Meg, Amy, Amb e Chase, eu amo todos vocês, me perdoem por tudo isso.” disse papai.
E então o bandido deu uma pancada com a arma nele, ele caiu no chão, e o video acabou.
Ficamos cerca de um minuto olhando para o video, depois nos olhamos, Meg não entendeu o que tinha acontecido, ela tinha ouvido o barulho da pancada mas não podia ver o que tinha acontecido.
Eu não entendia muito bem tudo aqui, e nem sabia como sair daquele sonho ruim. Tudo parecia um pesadelo, parecia que a qualquer hora eu poderia levantar da minha cama e ver que era tudo era mentira, ao menos era isso que eu queria. Mas não aconteceu.
De repente ouvimos o cantar dos pneus de um carro, ele vinha de uma esquina que estava a mais ou menos uns 100 metros de onde estávamos e rapidamente se aproximou de nós. Ele à frente da casa e do carro desceu outro rapaz, dessa vez mais baixo, apontou uma arma para nós e nos mandou entrar no carro.
“O que estão olhando seus idiotas?! Passem agora para o carro!”
Megan foi quem deu o primeiro passo, foi tateando o chão para não bater em nada. Amber seguiu seus passos, depois eu, e por ultimo foi Amy.
Quando amy estava entrando no carro ele a puxou pelos cabelos.
“O QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO QUANDO O MATOU?! SUA VADIA!”
Ela não respondeu, ficou somente olhando para ele.
“Sua puta!”
Ela continuou calada.
“ELA NÃO PODE OUVIR SEU IDIOTA!” foi a primeira vez que eu tive coragem de falar.
“ARG!” gritou ele.
Ele deu um soco na cara dela, e ela caiu no chão. Em seguida começou a chutar ela com muita força.
Am começou a tossir sangue, e não conseguia se defender do que ele estava fazendo.
Meg deu um grito.
“PARA COM ISSO!”
Em resposta ele deu um gargalhada.
“Quem você acha que é?
Quem dita as regras aqui sou eu queridinha, então trate de ficar bem calada, para não acabar como sua querida irmã.”
As meninas já tinham entrado no carro, mas eu saí novamente para ficar ao lado da Amy
Ele me jogou dentro do carro e trancou nós três lá dentro.
Ele puxou a arma e deu dois tiros nas pernas de Amy, em seguida olhou para ela e disse
“Isso é pra aprender a nunca mais fazer uma merda dessa, sua vadia!” e com isso enfiou o dedo no buraco da bala fazendo minha irmã se agonizar de dor.

Depois disso levou ela para o carro a arrastando pelo braço. Ela estava sangrando muito, e seu corpo estava todo ferido, Amy estava inconsciente.
Amy ficou sentada no carro do lado da Meg, mas ela não tinha força nem mesmo para segurar o corpo dela em pé, então ficou apoiada na irmã, e seu sangue molhou toda a blusa dela.
Ficamos na estrada durante algumas horas, eu não sabia onde ele estava nos levando, eu sei que parecia que nunca íamos chegar a lugar algum.
Ele estacionou o carro no meio de um matagal que parecia estar entre o meio do nada, e o fim do mundo. Nenhum sinal de civilização por perto, não dava nem mesmo para ver as luzes da cidade no horizonte.
Tinha apenas uma pequena cabana lá dentro dentre aquelas árvores e arbustos que não abriam nem mesmo caminho para que passássemos, foi nesse lugar que ficamos durante as horas mais longas da minha vida.
Descemos do carro, e ele nos levou para dentro desse casebre. Não tinham muitas coisas lá, apenas um colchão, um pequeno fogão portátil com uma panela em cima, e dois outros cômodos sem nada, nem mesmo janelas. Em um desses quartos ele nos prendeu.
Eu me encostei no canto escuro do quarto, dobrei os joelhos e coloquei o rosto entre os dois, e abracei minhas pernas.
Eu não tinha noção do tempo que se passava lá dentro, não tinha luz, não tinha nada, era a todo tempo um breu.
De repente ele abriu a porta, trouxe quatro cadeiras, e prendeu um de nós em cada uma. Colocou uma corda um pouco abaixo do busto da Amy para que ela pudesse ficar em pé. E depois entrou no quarto com uma televisão pequena e colocou uma câmera em cima dessa.
Quando ligou a televisão, eu podia ver duas pessoas sentadas em cadeiras, do mesmo jeito que nós, mas elas estavam com um manto preto que recobria toda a cabeça.
A imagem ficou parada por alguns momentos, como se estivesse congelada, mas pouco tempo depois um homem voltou à tela daquela pequena televisão e tirou os panos que cobriam os rostos daquelas pessoas.
Eram... Mamãe...